domingo, 7 de abril de 2013

Azemmour


-Continuando pela costa, passamos por diversas vilas e praias, como 

Sidi-Sari - com um enorme estacionamento junto á praia, cercado por supermercado, restaurantes, habitações, bom local para pernoitar. Descendo para o sul, chegamos a


-Azemmour

vila junto ao mar onde se pode admirar os bem conservados vestigios portugueses na porta das muralhas e capitania, donde se avista o rio e o mar e toda a “nova” vila envolvente, bem com a medina e a kasbah (bairro judeu) que visitamos demoradamente.
 Extra da viagem: ao perguntar sobre a capitania portuguesa, uma senhora nativa ali residente, mas que alem do arabe falava bem francês que nos levou numa visita guiada a todas estas áreas e além do mais por ser residente e conhecer toda a gente da “aldeia” nos facilitou o acesso ao interior das casas bem como a tirada de fotos de diversas pessoas de variadas artes e oficios: o pintor que não usa pinceis mas lâminas de barba para as suas pinturas a óleo sobre telas e sobre cartão, o Sr. Abdellatif artesão de arte mourisca em madeira (que nos recomendou ler no google sobre a personagem historica “Estebanico” nascida em Azemmour e que foi nas caravelas portuguesas para Portugal e mais tarde seguiu para Espanha e dali acompanhou Cristovao Colombo até e na descoberta da America) e as padarias da Medina e depois as padarias da Kasbah, nos mostrou as diversas portas antigas das casas e riads da Medina, nos indicou cada uma e as varias casas compradas e/ou reconstruidas por estrangeiros alemães, franceses, americanos, holandeses, que ali vivem 9 meses outros apenas nos 3 meses de verão (casas muito acessiveis aos europeus, e sendo a maioria reformados europeus podem neste Pais usufruir dum nivel de vida muito bom, pois o custo de vida é igual e/ou inferior a Portugal; como exemplo, policias ganham 6.000 dirans = 600 euros; os limpadores das ruas ganham 500 dirans = 50 euros; um razoavel e um bom mecanico de carros ganha 1.000 e 2.500 dirans = 100 e 250 euros, e grande maioria de salarios estão compreendidos entre estas faixas de valores) e acabamos em casa desta Srª Fouzia e familia (marido e filha) a conviver, a tomar cha com pães caseiros da padaria da Medina (que se comem aos bocados  depois de mergulhados numa tijela com azeite puro de Ouarzazate -1,5º acidez, com bom cheiro e sabor- misturado com um pouco de mel que faz bem á garganta e lhe retira parte da acidez) e a trocar impressões da viagem já feita e que nos falta ainda fazer, a falar de Marrocos e Portugal, com uma curiosidade: o azeite puro esmagado manualmente na “ceira” sem preparados quimicos, que ali tomamos é da região donde é nasceu e viveu anos o seu marido, que é berbere (pela mais escura que os do norte por força de longas gerações ao sol do Sahara) Um dia muito rico em historia e muito bem passado. Assim ficamos a saber que as diversas etnias do deserto são 3, sendo que os beduinos estão fixos, os tuaregs e berberes são errantes e nomadas, embora muitos destes se estejam a fixar em aldeias ao redor dos desertos.

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Autocaravanas...não importa se é de pobre...

Autocaravanas...não importa se é de pobre...
a criatividade é mais importante:)